Conheça mais sobre a interação do Reiki com o Plano Astral



ADILSON MARQUES                                  O Reiki segundo o Espiritismo
Capítulo III -O reiki sem mistificação

Ninguém pode destruir esta verdade: Deus está dentro de você. Saiba descobri-Lo e terá
conquistado a felicidade. 
Pastorino

Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; pois todo aquele que pede,
recebe, e quem procura acha e se abrirá àquele que bater à porta.
São Matheus (7:7 a 11)

 Mas pedi sinceramente, com fé, fervor e confiança; apresentai-vos com humildade e não
com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças, e as quedas que sofrereis
serão a punição de vosso orgulho. É este o sentido destas palavras do Cristo: buscai e
acharei, batei e se vos abrirá.
Evangelho segundo o Espiritismo

Por isso vos digo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos, para que, quando estas vos
faltarem, os amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.
Jesus

Este capítulo foi organizado a partir das respostas obtidas com a espiritualidade que atua na ONG Círculo de São Francisco, entre os anos de 2002 e 2005. Até onde sabemos, atuam na casa as seguintes correntes espirituais: as indígenas, os pretos-velhos, as crianças, as entidades médicas (muitas são mentores da chamada Associação Médico-Espírita), e três linhas de espíritos orientais (uma do extremo oriente, uma da Índia e outra representando, simbolicamente, os antigos povos Persas (6).  Atualmente, o trabalho terapêutico da ONG tem se pautado na oferta de quatro serviços complementares: o ensinamento e aplicação de Reiki, as aulas de Yoga, a difusão do Kefir, um cogumelo de origem tibetana importante
para regularizar o funcionamento dos intestinos, e cursos para o cultivo de plantas medicinais.
Fomos orientados para procurar organizar as informações abaixo na forma de perguntas e respostas, o que facilita a compreensão do leitor. É o método adotado nos livros de Ramatís e de muitos outros autores espirituais, além do próprio Livro dos Espíritos, escrito por Kardec. 
A ordem estabelecida para a apresentação das questões não representa, necessariamente, a ordem em que as perguntas foram feitas à espiritualidade.  Devemos lembrar que tais respostas, obtidas na ONG, foram também confirmadas pela espiritualidade que atua em outras casas, aumentando, assim, nossa confiança de que é através da gratuidade e da preocupação com o aprimoramento espiritual que o Reiki deve ser difundido, sem mistérios, mistificações e charlatanismos.
(6) Segundo alguns videntes, estes espíritos são negros, altos e usam um pequeno chapéu de forma ovalar  e um manto colorido que desce dos ombros até os pés. Segundo uma entidade indígena, são espíritos que não encarnam mais na terra e trazem os remédios e os instrumentos que necessitam diretamente do mundo espiritual, sem precisar manipular as formas etéricas dos elementos da terra, como fazem nossos irmãos indígenas.

 Pergunta 01 – É necessário ser sintonizado no Reiki para se enviar boas energias e auxiliar na recuperação de enfermos?
Resposta -  Para se enviar energia são necessárias três coisas: o pensamento elevado, a vontade de ajudar o próximo e o amor desinteressado. Todo o resto é instrumento ou “muletas” criadas pelos homens, em todos os tempos, para auxiliar neste processo. Poucos estão preparados para acreditar no poder mental que possuem. Poucos sabem que a mente é uma poderosa usina. Poucos sabem que é possível direcionar nossa energia para diferentes fins, inclusive ajudar na cura de um irmão enfermo, desde que este tenha o merecimento para ser curado através da imposição das mãos, pois nenhuma técnica, incluindo o Reiki, é capaz de transcender a Lei do carma e o livre-arbítrio. 
Todos, cristãos ou não, sabem que a plantação é livre, mas a colheita será sempre obrigatória. O que não significa que Deus seja punitivo, apenas que existe uma verdadeira justiça cósmica regendo o universo. 
A energia utilizada no Reiki é a mesma que o ser humano, nas mais diferentes e distantes culturas e civilizações, aprendeu a manipular, dando nomes diferentes e utilizando formas distintas para tanto. Assim, o que menos importa é o nome da técnica. Porém, todas sempre funcionarão quando apresentar as três condições básicas: pensamento, vontade e amor.

Pergunta  02  – A cada dia aparecem novas pessoas  dizendo que canalizaram símbolos. Muitos são patenteados, inclusive. Mas pelo exposto, eles não seriam, então, necessários?
Resposta – Esse processo que você descreve é fruto do orgulho e do egoísmo humano. Deus não pára de criar um só segundo e nunca repete uma só criação. E, apesar disso, ele nunca assinou nenhuma de suas criações. Só o homem orgulhoso e egoísta pensaria em patentear um símbolo que “canalizou”. Esse símbolo pode, de fato, ter existido no passado e a pessoa, em um estado ampliado de consciência, obtido através da meditação, pode acessar este símbolo criado em algum tempo remoto. A própria pessoa pode ter utilizado tal símbolo em alguma encarnação, em algum ritual da comunidade em que viveu. Você
mesmo não via o crucifixo de São Damião(7), mesmo sem o conhecer na atual encarnação?  
Como já dissemos, no passado, o homem criava instrumentos que o auxiliavam a manter seu pensamento concentrado e canalizar sua vontade. Mas hoje, com a evolução mental e moral já alcançada, pode prescindir de tais elementos gráficos, principalmente, quando utilizados para charlatanismo e mistificação.
(7) O espírito comunicante se refere ao crucifixo bizantino que ornava a capela de Assis, onde São Francisco
teve suas primeiras revelações espirituais. Durante muito tempo vi tal crucifixo em minha mente, sem saber o que o mesmo significava. Quando soube que eu já havia sido um franciscano, por volta do século XVI, e ao descobrir que a imagem mental que eu via representava um ícone franciscano, nunca mais a vi.

 Pergunta 03 – E os canalizadores que afirmam que foram seres de outros planetas, que foram extraterrestres que lhe transmitiram os símbolos e que os mesmos lhes falaram para não divulgá-los para qualquer pessoa, pois  seria muito perigoso, transformando, assim, o símbolo em uma mercadoria cara e disputada, avidamente, pelos adeptos das seitas Nova Era?
Resposta – Para aquele que paga, há sempre aquele que vende. O charlatanismo só existe porque ainda há pessoas que gostam de ser enganadas. Se o canalizador tem essa vontade de “canalizar” um símbolo que o possa tornar famoso, que dê para ele criar um novo sistema de Reiki e, além disso, ganhar dinheiro comercializando o símbolo, tudo isso fará com que ele atraia para o seu lado consciências desencarnadas zombeteiras ou mistificadoras. Não é ao acaso que vão aparecer seres de “altíssima” evolução espiritual,
afirmando serem de outros planetas, com formas bizarras como lagartos e outros bichos, e vão transmitir ao “canalizador” símbolos com  nomes apropriados para filmes de ficção científica e vão dizer, obviamente, para ele guardar o símbolo com muito cuidado. 
Vão dizer, para estimular a vaidade do médium, que são símbolos valiosos e que servem para curar câncer ou outras doenças que, se não podemos afirmar que são incuráveis, podemos garantir que, dependem, sobretudo, do merecimento do paciente. Sem a reforma íntima, tais enfermidades, que são as colheitas dos erros do passado, não são curadas. 
As toxinas astrais que as originam só podem ser drenadas a partir do Amor ou da Dor, quando são, então, drenadas para o corpo físico na forma de graves enfermidades. Por isso não importa se o símbolo foi transmitido por “Buda”, “dr. Lagarto”, “Saint-Germain”, “Jesus” ou outro espírito que diz ter vindo de Sírius ou de Júpiter... A toxina será drenada pelo suor do trabalho amoroso ou pela dor da expiação. 
E por que dizem que são símbolos valiosos? Porque servem para a mistificação, para estimular o orgulho e o egoísmo do médium invigilante que o canalizou. Jesus e São Francisco usaram algum símbolo para curar? Não. Eles usavam apenas o grande poder mental que possuíam e contavam com o amparo da espiritualidade superior. 

Pergunta 04 - Mas por que ao mentalizarmos um dos símbolos do Reiki, automaticamente, sentimos a energia fluindo e se dirigindo para o paciente? Esse fenômeno sensorial não seria um indício de que os símbolos funcionam?
Resposta – Em nenhum momento falamos que os símbolos não funcionam. O que estamos comentando é que não há necessidade de “sintonização” como vocês fazem nos cursos de Reiki, com tantos apetrechos esotéricos e rituais. No fundo, será sempre a vontade, o pensamento e o amor que estão agindo na movimentação da energia.  A vontade, o pensamento e o amor antecedem o desenho do símbolo.
Vamos esclarecer como funciona a comunicação entre o espírito (mente) e o cérebro. Em primeiro lugar, vocês devem saber que o ser humano não pensa através de palavras. E, para se transmitir uma idéia, o ser humano necessita converter o seu pensamento em um sistema de códigos. Este sistema pode ser na forma de sinais ou imagens simbólicas, como no caso do Reiki e de tantas outras práticas orientais, ou na forma de palavras, que também são símbolos (8).  Em qualquer um dos casos, para funcionar, é necessária a decodificação, ou seja, a interpretação da mensagem. É por isso que a pessoa que não conheça o símbolo e não saiba para que o mesmo funciona, não vai sentir nada, não vai enviar energia. Ele não tem ainda a chave para decodificar a mensagem. Seu  cérebro e seu subconsciente não sabem decodificar o símbolo. Ao contrário, o “iniciado” vai movimentar sua energia vital, sua bioenergia, porque associou ao símbolo, à imagem gráfica, uma função. Ou seja, ele sabe que ao desenhar um determinado símbolo ele deve dar um comando inconsciente para o seu duplo-etéreo liberar a energia. Ele está substituindo a palavra por um outro símbolo, por uma imagem. Pode acontecer também da pessoa já ter entrado em contato com aquele símbolo em outra encarnação. Daí, apesar de não se lembrar, ele está gravado em seu perispírito. Assim, mesmo sem ter passado por um ritual iniciático, a energia será liberada quando desenhar o símbolo, pois sua mente inconsciente ou seu subconsciente aprendeu, no passado, como decodificar a mensagem. Agora, mesmo o iniciado no Reiki, que passou pelo “ritual iniciático”, que aprendeu os infinitos sistemas de Reiki, mas que desenha os símbolos sem se concentrar e sem vontade, não irá manipular nenhuma energia. Nada irá acontecer.
A criação de símbolos é uma forma de codificação. E como o ser humano ainda não é capaz de viver sem símbolos para se comunicar, eles são muito úteis. E qualquer um pode criar um símbolo e, se for do tipo malandro, correrá para patentear e inventar uma história bem mistificadora para ganhar um bom dinheiro com o seu símbolo “sagrado”. Como já salientamos, no Oriente, esta sabedoria de como a comunicação funciona é milenar. E o homem ocidental descobriu isso, recentemente. Não se diz que uma imagem
vale mais do que mil palavras? A decodificação de uma mensagem através de imagens costuma ser muito mais fácil e universal do que através de palavras.
(8) No texto “técnica de comunicação espírita”, de Herminio C. Miranda, este pesquisador nos informa que: “Se o pensamento deve ser expresso em palavras há que fazer a escolha da língua; se for em imagens, é preciso decidir quanto à forma, à cor, ao tamanho e ao processo de divulgação”. E é dessa mesma forma que os símbolos do Reiki funcionam.

Pergunta 05 – Então é possível criar novos símbolos e atribuir a eles novas funções?
Resposta – Obviamente. Desenhe uma imagem e atribua, mentalmente, que ao desenhá-la
você emitirá energia para os pés de uma pessoa. Sempre que você se concentrar e mentalizar aquela imagem, seu inconsciente fará o trabalho restante. Ou seja, sua vontade (9)de enviar energia para os pés será a alavanca necessária para o seu duplo-etéreo liberar a energia.  Porém, não é muito mais fácil você pensar em enviar energia para os pés, para o peito ou para qualquer outra parte do corpo da pessoa do que ficar pensando em criar um sinal gráfico? O homem pré-histórico precisava desenhar um animal na parede e, com sua lança, “ferir” o animal desenhado para facilitar a caça. Agindo dessa forma, acreditava que seria muito mais fácil caçar e, realmente, era. Ele estava canalizando energia para alcançar aquele objetivo. É por isso que o mais importante é o ensinamento moral que cada símbolo do Reiki possui e não sua forma, seu desenho.
(9) Em janeiro de 2005, recebi um e-mail que dizia assim: “eu utilizei o símbolo Cho-ku-rei invertido com a
intenção de extrair uma pedra do rim de uma paciente. No dia seguinte, a pedra foi expelida. Acho que
descobri mais uma função do símbolo...” Eu li a mensagem do rapaz com carinho e lhe respondi o seguinte:
“observe que você relatou que usou o símbolo com a intenção de extrair a pedra do rim de sua paciente. É aí que reside a resposta e não no símbolo invertido. Foi a sua intenção de ajudar que canalizou sua bioenergia para esse objetivo. Foi sua vontade e comando mental e não o desenho do símbolo invertido. Você poderia ter feito o sinal da Cruz ou qualquer outro sinal. Além disso, se houve esta cura, foi porque sua paciente teve Fé e Merecimento para que a pedra fosse expelida sem grandes sacrifícios. Portanto, não foi o símbolo que a curou, mas sua vontade de ajudar somada com a Fé e o Merecimento da paciente”.

Pergunta 06 – Mas, da mesma forma que algumas pessoas só conseguem orar se estiverem diante de uma imagem de santo, não há aquelas que só acreditarão que enviam energia se desenharem um símbolo? Ou que só através de uma “sintonização” bem cara e ritualizada que obterão tal poder de auxiliar o próximo?
Resposta – Existem sim. Foi por isso que dissemos que, enquanto existir quem paga, existirá que venda. Os charlatões estão por toda parte para ludibriar aquele que não tem conhecimento. Por isso, a cada dia, surgem símbolos milagrosos e cada vez mais caros. Se no passado o ser humano comprava indulgências para se livrar do purgatório, hoje se compra símbolos de Reiki para tudo, de um resfriado até a cura do câncer. É mais fácil o ser humano acreditar em milagres desse tipo do que na existência do espírito, da vida após a morte e da reencarnação. É mais fácil pagar por um símbolo do que procurar se transformar interiormente, mudando o pensamento, os sentimentos e as atitudes doentias.
Não há problema nenhum em se ter símbolos (10), o problema está na mistificação que se criou em torno deles.
(10) O espírito que passou tal informação, e tantos outros que atuam na ONG Círculo de São Francisco, andam com o Tao (a cruz que também é um ícone franciscano) pendurado no pescoço. Não deixa de ser um símbolo que identifica tal agrupamento de espíritos que atuam na seara do Cristo. Além disso, muitos espíritos das correntes orientais utilizam sinais na testa ou pedras que simbolizam o tipo de trabalho realizado no astral ou o agrupamento ao qual pertencem. 

 Pergunta 07 – Pelo exposto acima, podemos inferir que não há diferença entre o Reiki e o passe espírita?
Resposta – O nome Reiki se popularizou na segunda metade do século vinte. Hoje ele é uma realidade mundial.  Não dá para desprezá-lo ou ignorá-lo. É uma variação metódica do que poderíamos chamar de Fluidoterapia. E  como vocês necessitam de nomes, poderiam chamar todas as técnicas conhecidas, como o Passe espírita, o Johrey, da Igreja Messiânica, a Cura Prânica dos filipinos etc. como Fluidoterapia. 
A Fluidoterapia nasceu, na Terra, com os primeiros capelianos exilados. Gradativamente, eles foram redescobrindo a forma de manipular a energia cósmica para a cura. E, em cada local, como já dissemos, inventaram rituais e exterioridades para fazer a manipulação energética que, no fundo, funcionará sempre através dos três condicionamentos já apresentados: pensamento, vontade e amor. Se não há diferença no tipo de energia, há diferença no procedimento. Muitas casas kardecistas fazem o “passe de cura”, que  seria um passe mais demorado, em uma sala diferenciada, com o paciente deitado em uma maca. O “passe de cura” funciona como o Reiki, porém, sem símbolos, músicas ou aromas.

Pergunta 08 - Então os símbolos do Reiki não são necessários para se enviar energia? Os mestres ensinam que sem o símbolo hon-sha-ze-sho-nen não é possível enviar energia a distancia...
Resposta - Para se enviar energia não é necessário símbolos, nem para a pessoa presente à sessão ou a distância. É a nossa mente que  faz a ligação com o enfermo, esteja ele onde estiver. O símbolo é importante porque traduz ensinamentos morais que ainda são válidos, aliás, muitíssimo válidos para o mundo de hoje.  Vocês precisam se lembrar que, no passado remoto, no Oriente, para se transmitir ensinamentos, os verdadeiros mestres usavam símbolos, muitos desenhados em folhas de palma. O símbolo era um elemento mnemotécnico. É por isso que os livros sagrados do Oriente falam na existência de centenas de símbolos. Assim, um discípulo que era preparado para trabalhar com cura, tinha o seu símbolo próprio. Aquele que manifestava a mediunidade psicofônica tinha também o seu  símbolo. Aquele que seria uma espécie de hipnotizador, preparado para fazer regressão  ou projeção astral, tinha outro, aquele que estava desenvolvendo a psicometria também... E assim por diante.Em algumas escolas iniciáticas, conforme o grau de aperfeiçoamento moral (11) do discípulo, ele recebia um novo símbolo para identificar o estágio em que se encontrava. Na verdade, esse método “serial” continua até hoje. Ninguém chega até a Universidade se não passar pelos ciclos anteriores de instrução. E o que são os diplomas? Apenas o símbolo que identifica o grau de “conhecimento” de cada pessoa. O diploma ou certificado cria uma hierarquia. Esse era o papel de muitos símbolos.
(11) Veja o nosso outro livro “Os símbolos do Reiki e seus ensinamentos morais”, também disponível para
consulta online no site da ONG Círculo de São Francisco.

Pergunta 09 – Então, como pensar a informação transmitida por diversos mestres de Reiki de que no Universo há um estoque de energia que somente os iniciados no Reiki podem acessá-lo através dos símbolos?
Resposta - Pura mistificação. Seja essa idéia criada pela mente do “mestre” encarnado ou de algum espírito mistificador.

Pergunta 10 – Nesse sentido, se o símbolo não tem essa força toda apregoada nos cursos de Reiki, a informação de que qualquer pessoa pode canalizar a energia cósmica, desde que pague pela sintonização é uma grande mentira?
Resposta - Todos nós temos energia para doar, uns mais outros menos. Aqueles que têm mais bioenergia são os chamados “médiuns  de cura”. São estes que se comprometeram, antes de encarnar, em doar essa energia, em auxiliar a espiritualidade no socorro. Não foi ao acaso que possuem um sistema nervoso diferente, propício para liberar ectoplasma. Assim, não importa se, na Terra, ele se enveredou pelo caminho do Reiki, do passe, do  Johrey ou outro nome qualquer. O médium de  cura não precisa ser iniciado no Reiki porque ele já tem energia suficiente para doar e se não o fizer, sofrerá as conseqüências em seu próprio organismo. O que ele precisa é aprender a doar essa energia de forma racional.
Saber os locais adequados, e como proceder, antes, durante e depois da sessão. Não é desenhando símbolos em paredes, na palma da mão que ele estará agindo corretamente. A pessoa que não tem energia para doar,  poderá fazer várias sintonizações, com diferentes “mestres”, e nunca sentirá nada. E vai sair dizendo que tudo não passou de charlatanismo ou que determinado “mestre” não o sintonizou direito.  No fundo ele não era um trabalhador para a espiritualidade. Ele não tem energia ou o comprometimento para doar sua energia em trabalhos socorristas. 

Pergunta 11 – E como saber se a pessoa é ou não médium de cura?
Resposta – O universo sempre conspirará ao seu  favor, ou seja, ele será lembrado de seu comprometimento de alguma forma. Aqueles que vão, naturalmente, pelo Amor pouparão tempo. Assim, inconscientemente, todos sabem qual é o seu grau de comprometimento. E todos, também, serão levados para uma das diferentes técnicas, justamente, para aquela que melhor se adapte, tenha ela símbolos ou não. Mas o importante é que ele se conscientize que deve ser sempre um doador desinteressado, para que melhor possa saldar suas dívidas pretéritas.

Pergunta 12 – Se a pessoa se comprometeu a doar energia e cobra por ela, o que acontece quando desencarna?
Resposta – É muito comum os “médiuns de  cura” falharem. O egoísmo, o orgulho, a vaidade costumam comprometer uma encarnação. E aquele que cobra ao invés de doar sua energia, ao desencarnar irá tomar consciência que já recebeu na Terra o que estava previsto para ele no plano espiritual. Ou seja, tomará consciência de que sua dívida pretérita continua do mesmo tamanho, se não aumentou ainda mais. 
Outros podem, devido à dor moral, que é muito mais sofrível que a dor física, entrar em um estado de sofrimento similar aos descritos por autores que escrevem sobre os Vales dos Suicidas. No fundo, cometeram também um suicídio, pois desperdiçaram mais uma encarnação retificadora. 

Pergunta 13 – Temos a impressão que o movimento comercial em torno do Reiki é mais forte nos EUA. Na Europa há um movimento chamado de Free Reiki que defende a difusão gratuita do Reiki...
Resposta - Não é á toa que os umbrais mais horríveis também são nos EUA. Não é à toa, também, que os textos psicografados ou canalizados, como se diz por lá, mais absurdos também são produzidos nos EUA. Vocês não se divertiram, recentemente, lendo um texto canalizado de um espírito-lagarto (12)?
(12) O espírito comunicante se referiu a um texto canalizado por uma norte-americana em que o espírito passava a informação de que ele era um ser superior, vindo de um outro planeta e que sua forma era de um lagarto. Em determinado momento, o “iluminado” lagarto pergunta ao leitor: eu sei que vocês estão interessados em saber qual a relação que existe entre o tamanho da calda e o tamanho do pênis.  A probabilidade do tal lagarto ser um zombeteiro aproveitando-se dos mecanismos da mediunidade é grande.

Pergunta 14 – Hoje em dia, a maioria das casas que trabalham com o Reiki cobram. Pouquíssimas realizam o trabalho como o  da ONG. O que acontece com as casas que cobram para aplicar reiki? O paciente não é auxiliado?
Resposta – Em primeiro lugar quem disse que são poucas casas que fazem Reiki de graça? Não se sintam orgulhosos. Há muitos locais fazendo um trabalho caritativo com o Reiki, e sem alarde. 
Em relação à pergunta, tudo dependerá do grau de compreensão da pessoa e do seu merecimento, tanto do reikiano como do paciente. Por exemplo, aquele que fez o curso de Reiki e aprendeu que deve cobrar, está seguindo uma orientação que lhe foi transmitida. O seu mestre é muito mais culpado do que ele. O mestre é o responsável pelo que o seu discípulo faz. Se este erra, a culpa é maior do primeiro.
E, da mesma forma que um fiel que procura uma igreja, cujo pastor só esta preocupado em arrecadar dinheiro, será auxiliado pela espiritualidade socorrista, no Reiki acontecerá o mesmo. Se o paciente pagou ou não, não importará. Se ele tiver merecimento, terá o auxílio necessário. O problema esta para o reikiano, pois não saldou parte de sua divida anterior. Não poderá cobrar depois, pois já recebeu o que lhe era de direito.
                                                
Pergunta 15 - E no caso do reikiano também ser viciado em carne vermelha, fumar, gostar de tomar suas bebidas alcoólicas nos dias de atendimento. Como se divulga nos cursos de Reiki que a energia do terapeuta não interfere no processo, tais práticas não vão prejudicar ainda mais o enfermo?
Resposta - A resposta é a mesma. Se o paciente tiver merecimento, a espiritualidade irá isolar a energia do terapeuta e irá buscar em outra fonte a energia necessária para realizar o socorro ao paciente. Porém, se este não merecer, a espiritualidade deixará ele receber aquela carga de energia deletéria que poderá deixá-lo muito pior do que quando lá entrou. (13)
(13) Certa vez, algum tempo antes de ter contato mediúnico com a espiritualidade, fiz um curso sobre algumas técnicas de Mikao Usui, em um espaço que comercializa o Reiki. Durante o curso, recebi energia de uma mulher que estava completamente transtornada. Ela tinha complexos problemas emocionais em sua casa. Como o “mestre” afirmava, constantemente, que a energia do praticante não interferia no processo, aceitei receber a energia de minha companheira de curso. Passei, após o curso, dez dias com febre e tendo pesadelos todas as noites. Liguei para o mestre que ministrou o curso e ele me falou que eu estava tendo uma “crise de cura”. Futuramente, com a espiritualidade da ONG, fui descobrir que eu havia me intoxicado com tanta energia deletéria. A pessoa em questão despejou suas angústias e crises familiares em cima de mim. Enquanto meu organismo não se libertou daquela energia enfermiça, passei muito mal. A espiritualidade permitiu que isso acontecesse para eu aprender a não me envolver em qualquer experiência, sobretudo naquelas em que se comercializa o contato com a espiritualidade, para  o meu próprio questionamento do fato e conseqüente amadurecimento.

Pergunta 16 – Este envolvimento da espiritualidade nos tratamentos com o Reiki, é um assunto polêmico. Quando lançamos o nosso primeiro livro sobre o tema, uma livraria esotérica encomendou 50 exemplares do livro. Em seguida, todos foram devolvidos com o argumento de que não se tratava de um livro sobre Reiki, mas que era um livro “espírita”. Ao mesmo tempo, as distribuidoras de livros espíritas não quiseram comercializá-lo, com o argumento que Reiki não é espiritismo. Como pensar esse paradoxo?
Resposta - É um exemplo do grau de compreensão em que se encontra a humanidade.
Kardec afirmou que espírita é aquele que acredita na manifestação dos espíritos. Os esotéricos também acreditam e, nesse aspecto, eles também são espíritas. O problema é a industria Nova Era que não aceita nada, gratuitamente. Ela vive do comércio espiritual. O livro traz uma mentalidade nova, que causa um choque e fere seus interesses.
 Como a mentalidade humana ainda é “cartesiana”, fragmentando o mundo em partes, e como cada escola espiritualista quer dominar o seu pedacinho e não aceitar nada que possa sair de seu controle. E o medo ao novo leva ao fanatismo. 
O livro que você escreveu não é perfeito, tem falhas de interpretação que devem ser corrigidas em futuras edições e tem informações que foram pedidas para não serem tornadas públicas. Apesar disso, é um bom livro. Esclarece o papel da espiritualidade e enfatiza o porquê da gratuidade no ensinamento e na aplicação do Reiki.  Pessoas de mente universalista, acima das picuinhas doutrinárias, compreenderão o livro. Outras não. Cada coisa em seu tempo. Se o livro não chega até o leitor por uma via, procurem uma outra. Usem a internet para divulgá-lo.

Pergunta 17 – Voltado ao Reiki, quais são os cuidados que se devem ter antes, durante e após cada sessão?
Resposta – Antes de cada sessão é importante se concentrar por alguns minutos, relaxar e fazer uma prece pedindo a presença e a proteção da espiritualidade médica que trabalha na casa. Pode-se deixar um copo de água para o  atendente e para o paciente beber, após a sessão. 
Durante a sessão, o mais importante é  manter o pensamento elevado e a concentração mental. Daí ser inadequado trabalhar em locais onde as pessoas ficam conversando, vendo TV. Algumas pessoas conseguem até fumar enquanto enviam energia. Isto é o cúmulo do absurdo, nesta divulgação mercadológica do Reiki. 
É importante permanecer concentrado e com o pensamento elevado para melhorar a qualidade e a intensidade da energia enviada para o paciente. Muitas pessoas se preocupam em desenhar corretamente o símbolo e depois ficam todo o tempo contando os minutos que faltam para acabar a sessão, ou pensando em problemas cotidianos. Essa não é a pessoa adequada para auxiliar a espiritualidade em uma sessão de Reiki. Após a sessão, tanto o terapeuta quanto o paciente podem, mentalmente, fazer uma prece de agradecimento e tomar a água. O atendente deve deixar um intervalo de pelo menos quinze minutos entre uma sessão e outra. E, sempre que possível, entrar em contato com a natureza para absorver saudáveis glóbulos de vitalidade e fazer um lanche leve.
Além disso, no dia de atendimento, nunca se alimentar com carne, e se abster do consumo de cigarro e bebidas alcoólicas.

Pergunta 18 – Se tudo isso é necessário, então o reikiano não é um simples canal para a energia cósmica? 
Resposta – Não adianta a água ser limpa se o cano por onde ela irá circular se mantiver sujo, contaminado. A sujeira do cano poluirá a água. E se apenas a energia cósmica fosse necessária no socorro, a espiritualidade não necessitaria do auxilio dos encarnados. É preciso a energia vital dos encarnados, do ectoplasma. Sem este não há como auxiliar os enfermos. É claro que, quanto mais amor envolvido no ato, mas energia cósmica e apoio espiritual o reikiano vai receber. Porém, é a energia que hoje vocês chamam de energia zôo que nós precisamos para fazer remédios e os instrumentos utilizados durante a sessão. 

Pergunta 19 - É importante nos cursos enfatizar  que o trabalho principal é feito pela espiritualidade socorrista? Que o atendente é apenas um instrumento doador de ectoplasma? Falar em reencarnação? Isso não pode afastar a pessoa que tem medo de espírito? Algumas pessoas que conhecem tal fato afirmam que nem tudo o paciente deve saber, caso contrário diminuiria o número de pessoas procurando por auxílio.
Resposta – A pessoa que tem medo de espíritos tem medo de si própria. Todos nós somos espíritos, só que uns estão encarnados e outros são incorpóreos. Se a preocupação de vocês for ganhar dinheiro ensinando o Reiki, então omitam a existência dos espíritos, falem que o Reiki cura todos os problemas, inclusive os morais e cármicos. Porém, se vocês querem saldar suas dívidas, querem ajudar o mundo a se tornar mais esclarecido, tanto do ponto de vista intelectual e moral, se desejam purificar sua alma eterna, ensinem a verdade. Falem da reforma íntima sem a qual nenhuma cura acontece. Não importa se vocês terão cem ou
cinco alunos. O mais importante é a qualidade do que se ensina. E as pessoas que falam que se deve omitir a verdade, será que falam isso porque querem ajudar o próximo, ou será que estão com medo de perder um cliente? Vocês não devem se esquecer que, quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade. Se você já tem certeza que o Reiki é um trabalho espiritual e mesmo assim omite tal informação, com a justificativa que está ajudando a pessoa, analise, realmente, o seu verdadeiro interesse. Muitas escolas iniciáticas só ensinavam os mistérios da reencarnação para os discípulos mais evoluídos, pois uma verdade mal ensinada ou compreendida pode causar mais mal do que bem. Por isso, omitir certas informações pode ser útil, em alguns casos. Mas omitir não é mentir. E se a omissão for por interesses comerciais, as conseqüências serão ainda mais graves. Existem reikianos que enxergam a ação dos espíritos, pois são videntes, e mesmo assim ensinam que não há a participação dos espíritos, e que a energia é inteligente e capaz de curar, de forma milagrosa, todas as doenças. E, para complicar, ainda cobram pela sessão. Eu não gostaria de estar na “alma” desse reikiano.

Pergunta 20 – Então o Reiki não faz milagres, como muitos apregoam? Sem a transformação interior ele é ineficaz?
Resposta - Com certeza. Tanto o paciente necessita se conscientizar da realidade espiritual, assumindo sua obrigação de se transformar interiormente para merecer a cura, como o atendente para emitir fluidos cada vez mais salutares. O reikiano não cura ninguém, e nem mesmo a espiritualidade. É o enfermo que faz por merecer a cura. A espiritualidade sabe como tirar o câncer do pulmão de um fumante inveterado, mas se, em um passe de mágica, o câncer for retirado, tal pessoa aprenderá que o cigarro é nocivo? Se ele precisa aprender pela Dor, será pela Dor que aprenderá. Por isso procurem sempre enxugar o carma de vocês
com o Amor, com a mudança de atitudes, de pensamentos e sentimentos. Com a doação desinteressada de energia. Mas nunca prometam a cura, para nenhuma enfermidade.

Pergunta 21 – Uma dúvida que sempre surge quando se ensina o Reiki está na divisão dos diferentes corpos sutis. Devemos seguir a tradição oriental que trabalha com a divisão em sete corpos ou com a divisão trina de Kardec em corpo físico, perispírito e espírito?
Resposta - Depende do público. Ambos os sistemas são corretos. Mostrem os dois sistemas. Um não é, necessariamente, contrário ao outro. Eles não são excludentes.  Se for um público majoritariamente kardecista, fale apenas dos três corpos, não entrem em polêmica estéril.  E se for um público que possui noções mais amplas sobre os corpos sutis, pode falar na divisão oriental em sete. 
Os dois sistemas são corretos, tudo depende do ponto de vista do observador. E esta informação não fará diferença para o atendimento do paciente necessitado de energia. Este não se importa se o seu corpo fluídico será chamado de perispírito ou de corpo astral. Aliás, muitos pacientes estão mais preocupados com problemas do corpo físico. Eles precisam ser despertados para a realidade dos corpos mais sutis.

Pergunta 22 - Sabemos que, em muitos casos, o paciente adormece e seu corpo astral (perispírito) é levado para tratamento em hospitais do plano espiritual. Quais são os tipos de tratamento que acontecem nesses casos.
Resposta – O tratamento será realizado em função da Fé e do Merecimento de cada paciente, sem ferir a Lei do Carma. Os tratamentos são tanto de ordem física como espiritual. Em relação a estes, é importante vocês estudarem a Apometria e as enfermidades diagnosticadas pelo Dr. Lacerda. Sua obra sintetiza as enfermidades espirituais que costumam ser tratadas em uma sessão de Reiki. A diferença é que, como vocês não são treinados, nem todos conseguem se desdobrar  e acompanhar o tratamento realizado pela
espiritualidade. Às vezes ocorre o desdobramento do atendente, mas poucos são os que conseguem se lembrar do que aconteceu ou o encaminhamento dado pela espiritualidade.

O Dr. Lacerda, eminente médico e espírita, foi o criador do termo Apometria. Ele descreve
em suas obras onze distúrbios espirituais. Neste  livro, apenas citaremos os nomes dos distúrbios.
Em breve, estará à disposição do leitor, gratuitamente, em nosso site, a descrição de cada um deles,
conforme o Dr. Lacerda os estudou e os classificou: indução espiritual, obsessão espiritual, simbiose, parasitismo, estigmas cármicos não obsessivos, síndrome dos aparelhos parasitas no corpo astral, síndrome da mediunidade reprimida, arquepadias, goécia, síndrome da ressonância vibratória com o passado e correntes mentais parasitas auto-induzidas. O leitor interessado também poderá consultar informações no site da Casa do Jardim, acessando-o através do link existente no site da ONG Círculo de São Francisco (www.csf.org.br).

Pergunta 23 – Já tivemos pacientes que descrevem lugares belíssimos durante a sessão. Outros narram que viram uma cachoeira e que sentiam os pés na água. Isso seria real ou fruto da imaginação?
Resposta – Durante o desdobramento, muitos são levados para locais com cachoeira e outros elementos da natureza para repor as energias. Dependendo do grau de sensibilidade da pessoa e do merecimento para se lembrar depois, elas terão a lembrança do que aconteceu durante todo ou parte do tratamento.

Pergunta 24 – E as sensações de agulhadas em várias partes do corpo que muitos pacientes descrevem. O que seria isso? 
Resposta – A espiritualidade utiliza diferentes técnicas para tratar os pacientes. Cada corrente espiritual possui uma técnica própria. As correntes orientais gostam de utilizar a acupuntura durante o Reiki. É claro que não são agulhas como as da Terra. São agulhas fluídicas colocadas no perispírito do paciente através do pensamento. Às vezes o tratamento utiliza técnicas de massagem e até Do-In, entre outras.

Pergunta 25 – E existe alguma vantagem ou mesmo desvantagem do reiki em relação ao passe espírita?
A desvantagem está na mistificação. Todas as histórias mistificadoras que assolam o Reiki, os vários graus de médiuns fascinados por histórias de extraterrestres que transmitem símbolos “sagrados” que devem ser mantidos em segredo, como se o símbolo fosse a coisa mais importante e não a mente e a vontade de ajudar; o charlatanismo, as falsas promessas de curar toda e qualquer doença. Todas essas mentiras e mistificações formam o joio que deve ser arrancado. 
Mas há, também, inúmeras vantagens, sobretudo, no procedimento junto ao paciente. Ao invés da fila e da impessoalidade que predomina no passe, no Reiki utiliza-se uma maca. O paciente recebe energia com hora marcada. A sessão não é de apenas três minutos. O tratamento é muito mais completo do que em um simples passe, pois este visa harmonizar a pessoa. O que não significa que muitas casas espíritas ou centros de umbanda não façam os “passes de cura” que são mais longos e voltados para tratamentos mais complexos, como os que a espiritualidade realiza durante o Reiki.
No Reiki não há preconceitos doutrinários que impeçam o atendente de colocar uma música relaxante no fundo, usar essências aromáticas(14) que ajudam no tratamento. Toda a ambiência criada para a sessão de Reiki é importante. Os meios são tão importantes quanto os fins, que são os mesmos no Reiki e no passe. Lembrando, sempre, que nenhuma técnica transgride a Lei do carma e do merecimento.
(14) No segundo livro dessa série publicamos uma lista com essências aromáticas transmitidas pela
espiritualidade para uso durante a sessão de Reiki.


Pergunta 26 – E em relação à polêmica de tocar ou não no paciente? Nos cursos de orientação mediúnica os passistas aprendem que não se deve tocar, de forma alguma, no paciente. O Reiki, por sua vez, costuma ser  feito através do toque. Há problemas em se tocar o paciente?
Resposta – Esta diferença ressalta as diferenças de mentalidade entre o Ocidente e o Oriente, entre a visão de mundo ocidental-cristã e a oriental. Existe muito pavor e incompreensão em relação ao corpo físico  aqui no Ocidente. A nossa visão de mundo é dicotômica. Desde a Antiguidade se separa, radicalmente, espírito e corpo. Na verdade, parece que á uma guerra Espírito X Corpo. Em alguns momentos da história ocidental se valoriza o corpo em detrimento do espírito. Em outros, o contrário. Falta para nós a visão
integrativa oriental.
No oriente, suas práticas espirituais e mesmo profanas buscam sempre o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual. Não se concebe uma coisa dissociada da outra. Além disso, a massagem ou o toque não tem a conotação pejorativa e sexualizada que tem no Ocidente. O ato de tocar, de massagear é visto com naturalidade no Oriente. Aqui vocês levam tudo para o campo da sexualidade, devido à própria formação cultural e sexual do homem ocidental. Aqui, ao mesmo tempo, onde a maioria das religiões cristãs trata o sexo como Tabu, vocês são bombardeados por propagandas e programas de TV que vivem da
exploração de um erotismo desenfreado. O homem ocidental vive angustiado pelo medo do pecado, de um lado, e pelo erotismo exacerbado, de outro. Sem segundas intenções, seria possível aplicar Reiki e fazer massagem(15) ao mesmo tempo, principalmente, nos pés. Mas o atendente necessita ter um autocontrole, dominando seus instintos inferiores.
 O único momento em que não se deve  tocar no paciente é quando, o que é raro, ocorre uma “incorporação”. Se a sala é preparada para o trabalho e é protegida pela espiritualidade, raramente isso irá acontecer. Mas é preciso lembrar que se o paciente for um médium e estiver sob forte ação obsessiva, é necessário mandar energia sem tocar na pessoa e fazer muita prece para a espiritualidade adormecer e levar para esclarecimento aquele irmão obsessor. 
Vocês devem sempre se lembrar que na hora do tratamento, seja com o Reiki ou com o passe, o momento não é para desenvolvimento mediúnico e nem para doutrinação.
(15) Com a espiritualidade oriental aprendemos algumas manobras simples que podem ser feitas nos pés, nas orelhas e até nas faces do paciente, desbloqueando energia estagnada no corpo físico e tensões musculares.

Pergunta 27 - E por que alguns pacientes incorporam durante o Reiki?
Resposta – Esse processo deve ser evitado e nunca estimulado. Quando o local onde a sessão estiver acontecendo for protegido pela espiritualidade superior, esse risco é quase nulo. Se o paciente vem para a sessão acompanhado por irmãos desencarnados que necessitam de auxilio, estes são retirados e  levados para esclarecimentos ou socorro na própria casa, em sua dimensão astral, ou em uma outra casa espiritualista, kardecista ou de umbanda, conforme o grau de compreensão do espírito.  Porém, quando o local não possui a proteção necessária ou quando a sessão é feita na casa do próprio enfermo e, principalmente,  em locais de baixa vibração como bares, boates e locais similares, o risco de acontecer uma manifestação mediúnica é maior, obviamente, se o paciente for médium sem estudo.
É preciso esclarecer que, em alguns casos, o paciente pode possuir um obsessor que o acompanha por muitas encarnações. Eles se revezam continuamente. Ora um é o obsessor, ora o outro. E este ciclo de ódio pode se arrastar por muitas encarnações, enquanto não houver o perdão. Eles são tão unidos que se retirarmos o obsessor, o paciente pode até desencarnar. Nesse caso, ambos necessitam entrar juntos na sala. Não há como evitar a presença do obsessor durante a sessão. Daí a importância de um cuidado maior do atendente, elevando sempre o pensamento,  procurando manter seu padrão vibratório elevado para facilitar o socorro a ambos.

Pergunta 28 – Foi comentado que o Reiki não cura, e que sem o Merecimento do paciente, nada é possível. E como explicar a cura de animais?  
Resposta – Nossos irmãos menores, os animais, não estão submetidos á Lei do carma, não, pelo menos, como acontece com os seres humanos. Eles não têm ainda o livre-arbítrio, logo não colhem no presente o que semearam no passado. Ou seja, os frutos de seus atos em encarnações passadas. 
Os animais não reencarnam com toxinas perispirituais para serem drenadas para o corpo físico. Porém, sofrem os efeitos da vida “selvagem” da Terra ou das imprudências dos seres humanos sobre o meio ambiente,  por exemplo. É por isso que também ficam doentes. 
E nem todas as doenças que os seres humanos possuem são “cármicas”, no sentido das expiações de vidas passadas. Muitas são  causadas pelas imprudências na vida atual.
Pela alimentação inadequada, pelo consumo  de álcool, drogas e cigarros, entre outros fatores.
O importante, porém, é ressaltar que nossos  irmãos menores não precisam da Fé e nem do Merecimento. Eles não bloqueiam a energia, como uma pessoa sem Fé. Lembremos que Fé não é ter, necessariamente, uma religião, mas estar aberta, receptiva ao tratamento vibracional. É por isso que sempre enfatizamos que não é falta de caridade deixar de atender uma pessoa que não acredita no Reiki, um cético. Não é comum alguém que passa pela sessão dizer que seria bom o marido ou o filho participar de uma sessão, mas que ele não acredita, acha que tudo é bobagem? Pois  bem, uma pessoa assim, cria uma capa energética em volta de seu corpo, similar  a uma armadura. Nem Jesus seria capaz de atravessar essa barreira com seus fluidos puros e salutares. Isso é o livre-arbítrio. Tal pessoa não iria sentir nenhuma melhora e seria mais um difamador do trabalho.Por isso, se a pessoa não procura a ajuda, ou não esta receptiva, preocupem-se com
aqueles que já estão prontos para serem tratados pelas técnicas mais sutis, vibracionais e não invasivas como são, ainda, as da medicina da Terra.

Pergunta 29 – Para não deixar dúvidas ao leitor, gostaríamos que vocês falassem sobre a “sintonização” no Reiki. Sobre o papel do “mestre” de Reiki nesse processo?
Resposta – O mestre tem um grande papel, sobretudo moral. Você é responsável por tudo o que você ensina aos outros. Os atos que seus alunos tiverem, baseados no que foi ensinado para eles, é de responsabilidade de quem ensinou. É por isso que a missão do professor, seja qual for o nível, é de muita responsabilidade. Os escritores também se encontram nessa categoria. Um livro difamatório, que difunde  inverdades, que prega preconceitos etc. vai gerar carma ao escritor. Tudo é regido pela Lei da causa e efeito. O mestre de Reiki, entendendo aqui como  professor de Reiki, porque Mestre só temos um, que é Jesus, deve estimular o uso correto da energia, sem mistificação, sem charlatanismo, através da bondade e do amor incondicional. Como se pode falar em amor incondicional cobrando pela sessão? Esperando algum retorno material ou mesmo espiritual?
Dizer que existe uma energia específica no Cosmos que é acessada apenas por quem foi sintonizado no Reiki, ou seja, pagou para participar de um ritual, é charlatanismo. Então Jesus não teria tido acesso a essa energia? Uma vez que ele não usava nenhum símbolo milagroso. Usava apenas sua vontade e força mental.
Não existe sintonização nenhuma. A pessoa só precisa saber como se preparar antes, durante e após a sessão para não se desgastar; deve se preocupar com o local onde a sessão irá acontecer, e procurar sempre aumentar  seu padrão vibratório e contato com a espiritualidade superior através de sua própria reforma íntima.
O verdadeiro mestre de Reiki ensina através do exemplo, através da humildade e da resignação. Sua transformação interior, através do abandono de vícios, do orgulho e do egoísmo é o sinal de que se tornou seu próprio mestre.

Conclusão

Crê-se geralmente que, para convencer, basta mostrar os fatos; esse parece com efeito o caminho mais lógico, e, todavia, a experiência mostra que não é sempre o melhor, porque vê-se, freqüentemente, pessoas às quais os fatos mais patentes não convencem de modo algum. A que se deve isso?  Allan Kardec
Este livro encerra a trilogia de estudos sobre o Reiki, sob a inspiração de algumas entidades espirituais das chamadas “Correntes Orientais”. O objetivo desta trilogia, conforme orientação das entidades comunicantes, é o de resgatar a dimensão sagrada e espiritual do Reiki, rompendo com as mistificações criadas pela indústria “Nova Era”. Essa trilogia foi iniciada em 2004 com a publicação do livro “Dharma-Reiki: o aprimoramento espiritual e a caridade como caminhos para a cura”, que enfatizou a necessidade da reforma íntima, o valor da Fé e do merecimento para se obter a cura. O trabalho prosseguiu,
em 2005, com a publicação do livro “Os símbolos do Reiki e seus ensinamentos morais”, desmistificando o papel dos símbolos e os reconduzindo ao seu devido lugar, como representação de ensinamentos morais,  relacionados, diretamente, ao caminho da Iluminação, dentro da tradição budista. 
Este último livro da trilogia foi “encomendado” pela espiritualidade para denunciar o charlatanismo e as inúmeras mistificações que cercam o Reiki, além de servir como uma espécie de manual de “auto-iniciação” para todos os interessados em servir, desinteressadamente, visando apenas o bem-estar do próximo e a evolução espiritual do planeta Terra como um todo.
Com o encerramento da trilogia, acredito ter encerrado esse meu compromisso com a espiritualidade no que se refere ao estudo e difusão do Reiki, podendo, assim, se for do meu merecimento, partir para um novo vôo espiritual mais profundo. Sei que esta trilogia incomodará aqueles que fazem do Reiki uma profissão, mas estou com a minha consciência tranqüila por ter aceitado o convite da espiritualidade para tecer estes três livros e torná-los públicos. Apenas o tempo poderá dizer quem tem razão, a espiritualidade que transmitiu tais concepções sobre o Reiki ou a indústria “Nova Era”. 
Gostaria de ressaltar que, em 2001, fui convidado para assumir este compromisso porque a pessoa que deveria fazê-lo, na atual encarnação “entrou de cabeça” na dimensão comercial do Reiki, abandonando, dessa forma, a missão que havia assumido antes de encarnar. Procurado pela espiritualidade, aceitei o convite mesmo sabendo que não seria um trabalho tão simples, pois encontraria muitas barreiras e receberia muitas críticas, inclusive dos “espíritas” que classificariam o trabalho da ONG e estes livros como “não-doutrinários”.
Uma entidade espiritual médica, mentora da chamada Associação Médico-Espírita, havia me orientado para não responder às críticas que recebesse e continuasse a pesquisar, concentrando-me na produção dos textos. Cometi algumas gafes com a espiritualidade, divulgando algumas “curiosidades” que me foram reveladas e que não eram para se tornarem públicas, como algumas de minhas encarnações e o fato de Mahatma Gandhi e São Francisco de Assis serem personalidades vividas pelo mesmo espírito. Essa é uma
informação que poucos estão capacitados para compreender, mesmo no meio espírita, pois muitos não conseguem aceitar que uma personalidade que não seja cristã, como Gandhi, possa ser evoluída. Uma médium kardecista, avessa aos trabalhos socorristas dos índios e dos pretos-velhos, nos disse que Gandhi não podia ser um espírito tão evoluído porque ele não era cristão. São Francisco teria, assim,  “involuído” se tivesse deixado de ser cristão para se tornar hindu.
Infelizmente, essa pessoa, como muitas outras, desconhece que nem toda alma que adquire uma sensibilidade crística é, necessariamente, cristã. E nem todo aquele que se diz cristão possui uma alma crística. 
Apesar de alguns obstáculos, a força obtida junto ao mundo astral foi importante para, nesses mais de quatro anos, prosseguir nos trabalhos e implantar, na cidade de São Carlos, a ONG Círculo de São Francisco, no ano de 2003. Na ONG difundimos, gratuitamente, cursos e atendimentos de Reiki para as pessoas interessadas.
Segundo a espiritualidade, uma das maiores farsas do movimento “Nova Era” é o Reiki. Está técnica se tornou a coqueluche do momento, com revistas e livros “especializados”. Rituais e malabarismos são criados diariamente para criar espetáculos cada vez mais caros. A “sintonização” na técnica costuma ser mais cara quanto mais apetrechos são utilizados no ritual-espetáculo. Alguns “mestres” assopram as mãos do iniciante, outros usam penas, outros espadas e assim por diante. Porém, a única coisa
realmente necessária para se enviar energia ou Reiki é a boa vontade, o amor e o pensamento elevado. 
O Reiki nada mais é do que a emissão de nossa energia vital ou ectoplásmica. Todos nós temos energia para doar, uns mais outros menos. No espiritismo, a pessoa que tem muita energia para doar é chamada de “médium de cura”. Estas pessoas são as que terão condições de trabalhar com o Reiki. Uma pessoa que não tenha energia para doar, mesmo que faça o curso com o mais popular mestre de Reiki, não terá como ajudar a espiritualidade socorrista. E quanto mais Fé a pessoa tiver, mais auxílio do Alto ela obterá.
Ninguém precisa de mestre, de símbolos ou de qualquer outro objeto material para enviar Reiki. Há mestres que dizem que somente o “kit esotérico” comprado em sua própria loja é capaz de ajudar a pessoa a enviar Reiki, entupindo o incauto de espelhos, cristais, flautas de bambu e outros apetrechos. 
A pessoa que acredita que só será “sintonizada” quando alguém falar algumas palavras de ordem, assoprar suas mãos, fazer com que fique em posições ridículas, como colocando as mãos entrelaçadas sobre a cabeça por cinco minutos e, além disso, paga R$ 500,00, R$ 1.000,00 ou até R$ 5.000,00 para este teatro, infelizmente desconhece que a realidade espiritual é muito mais simples e que está sintetizada na frase de Jesus: “bata e a porta se abrirá”. 
O ensino do Reiki é importante, mas em relação ao como proceder para enviar energia sem se enfraquecer, sem sofrer nas mãos de entidades obsessoras e para enfatizar a importância da reforma íntima e os ensinamentos morais dos símbolos. Infelizmente, o que costuma ser deixado de lado nos cursos de Reiki. Como afirmou Kardec (G, p. 10), o espiritismo deve ser a resultante do ensinamento concordante e coletivo dos espíritos. E, mesmo que os kardecistas não aceitem discutir o Reiki, os espíritos, em vários trabalhos mediúnicos pelo Brasil afora, afirmam que ele é uma técnica que deve ser praticada sempre de forma desinteressada e gratuita.

Parte do Texto, publicado no site da ONG Círculo de São Francisco

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